Vírus do bem

Um país em que a violência sexual infantojuvenil seja fato raro, quase inexistente, e onde adultos conscientes e responsáveis procurem ajuda quando se sentirem tentados a buscar satisfação para suas fantasias em crianças e adolescentes.

Um país no qual a infância seja povoada por brincadeiras saudáveis, educação de qualidade e um ambiente familiar sereno e digno, sem traumas e sem pavor diante da “gente grande” que estiver por perto. E que a adolescência represente uma etapa de descobertas frutíferas, maturação emocional e amizades construtivas, com um desenvolvimento natural da sexualidade.

Um país inteiro, portanto, tomado por um vírus do bem: o fim da incidência do abuso sexual de crianças e adolescentes, precedido por uma mudança de comportamento e atitude em relação ao tema. Vamos dar um basta na indiferença, sensacionalismo ou vergonha ao lidar com esse problema!

“O primeiro passo para acabar com o abuso sexual é a informação.” Viralize! Essa é a proposta da nova campanha da Childhood Brasil, entidade que desde 1999 luta pela proteção da infância: chamar a atenção e informar a sociedade sobre o abuso sexual, fazendo com que as pessoas não fiquem indiferentes, que pensem e falem sobre a questão e, deste modo, evitem que tal crime continue a ocorrer. Números e dados sobre o tema ainda são escassos, falta um sistema unificado de denúncias e muitos casos não são notificados aos órgãos responsáveis; ainda assim, sabemos que o abuso sexual contra crianças e adolescentes, dentro ou fora da família, acontece com uma freqüência significativa em nosso país, em todas as classes sociais.

A Childhood Brasil vem adotando uma comunicação cada vez mais estratégica para sensibilizar a sociedade sobre a importância de proteger crianças e adolescentes contra a violência sexual. Num primeiro momento, decidiu tratar da questão do abuso sexual. A campanha VIRALIZE, desenvolvida pela Lew’Lara\TBWA para diversas mídias, inclusive a internet, vai por uma linha não só inovadora, mas com amplo potencial de “viralização”, ou seja, de disseminação. O filme e demais peças foram pensadas para serem passados adiante a fim de que a mensagem não pare na primeira pessoa. Assim, ampliam o alcance da campanha e as chances de influenciar uma mudança de comportamento diante da questão. Outro objetivo é dar a conhecer a Childhood Brasil e seu trabalho na prevenção e enfrentamento à violência sexual infantojuvenil. “Queremos fazer barulho e continuar fazendo até que essa grave violação de diretos humanos acabe”, diz a equipe da organização.

Então, espalhe você também esse vírus do bem: “O primeiro passo para acabar com o abuso sexual é a informação”. E não se envergonhe de contagiar os outros com discussões positivas a respeito!

Artigos relacionados