Quatro dicas sobre o uso de internet por crianças e adolescentes
Hoje é o Dia das Crianças! A data foi criada para celebrar o direito das crianças e dos adolescentes, em 1924, pelo então deputado federal Galdino do Valle Filho. E para protegê-los dos perigos que a internet pode causar, preparamos algumas dicas sobre como orientar crianças e adolescentes ao utilizar a internet.
O acesso à internet está crescendo todos os dias. De acordo com pesquisa feita pela TIC Kids, divulgada em 10 de outubro de 2016, dois a cada três internautas entre 9 e 17 anos acessam a rede mais de uma vez por dia. O smartphone é o dispositivo mais usado entre eles, sendo 83% dos jovens internautas e 31% usa só o aparelho para conectar-se.
Acompanhe aqui as dicas:
1. Converse com crianças e adolescentes e peça sua ajuda
Muitos pais e responsáveis legais não tem o hábito de usar a internet ou têm dificuldades com a tecnologia. Outros não têm um canal aberto de comunicação, o que dificulta a conversa sobre qualquer assunto. O diálogo é o melhor caminho para a orientação e prevenção quanto ao uso da internet (e de outras questões, inclusive). Crianças e adolescentes podem ensiná-los mostrar como funcionam as redes sociais. Aproveite esse momento para estreitar vínculos, compartilhar conteúdos de interesse comum e para conhecer os conteúdos que seus filhos costumam acessar.
2. Acompanhe as redes sociais de crianças e adolescentes como amigo
Entrar nas redes ou páginas de alguém com o login e senha, não é legal. Além de ser invasão de privacidade, pode prejudicar sua relação de confiança. Acompanhe a criança ou adolescente no Facebook, Instagram, Twitter, Snapchat, entre outros, como amigo. Assim, você consegue ver o que eles compartilham publicamente e estar atento caso perceba excesso de exposição. Se notar algo exagerado nas publicações, chame-os para uma conversa. Confira se não estão divulgando dados pessoais como endereço, nome da escola, dados da família ou informações que possam localizá-los fora da rede social, veja, também, se utilizam as ferramentas básicas de segurança digital.
3. Assim como na vida real, orientar que é importante ter cuidado com o que se compartilha
É importante que a criança ou adolescente saiba que pode conversar com seus pais, responsáveis legais ou algum adulto de referência sobre qualquer assunto e, principalmente, que a privacidade seja um dos temas dessas conversas. Muitas vezes, não se trata de dar pouco valor à privacidade, mas do desconhecimento sobre os riscos que a falta de cuidado pode gerar. Explique que, assim como na vida fora da rede, eles têm de ter cuidado com aquilo que desejam ou não mostrar e escolhem com quem compartilhar. Por isso, na internet, o comportamento deve ser o mesmo, para evitar problemas ou arrependimentos.
4. Explique sobre o risco da superexposição e de conversar com pessoas desconhecidas
Em relação ao abuso sexual on-line, as recomendações são muito parecidas com as anteriores: evitar a superexposição nas redes, nunca fornecer dados pessoais, não publicar fotos em roupas íntimas e evitar interações com pessoas que não conhecem fora da rede. Caso esta última ocorra, fique atento a qualquer papo estranho, convites, pedidos de envio de fotos, vídeos ou uso de câmera. Se marcarem algum encontro com alguém que conheceram pela internet, peça para avisar e os acompanhe nesse encontro, que deve ser em local público e com presença de outras pessoas de confiança. E não se esqueça de manter o diálogo aberto, para que crianças e adolescentes se sintam confortáveis em falar quando perceberem que algo que pode ser perigoso ou arriscado.
Lembre-se: o diálogo aberto é sempre o melhor caminho em tudo que se refere à falar sobre segurança na internet com crianças e adolescentes.