Programa na Mão Certa chega a sua 6ª edição na empresa Intercement em Ijaci

Lançado em 2006, o Programa na Mão Certa, iniciativa da Childhood Brasil, mobiliza governos, empresas e organizações do terceiro setor para o enfrentamento mais eficaz da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. Mais de 1.500 empresas já assinaram o Pacto Empresarial, instrumento que afirma o compromisso com a causa.

A Intercement iniciou a parceria com a Childhood Brasil em 2007.  Inicialmente somente algumas das fábricas aderiram ao Programa. Porém, com o sucesso das ações, outras fábricas também se envolveram e atualmente, todas as 16 plantas estão engajadas no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas.

Com três frentes principais, uma delas é voltada para os motoristas da empresa. Em entrevista, Arnaldo Souza Lima, Técnico de Operação Logística da unidade, declara que acredita que esse profissional deve ser um agente de proteção, “temos o dever de educá-lo e ensiná-lo a enfrentar a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas do país. Se ele perceber a situação de risco, deve saber os canais de denúncia a que recorrer.”, ressalta.

Outra frente é a sociedade. Voluntários realizaram blitz, panfletagem e abordaram motoristas com o objetivo de conscientizar a população local. Arnaldo destaca a importância da conscientização da sociedade sendo essencial a construção de uma base familiar sólida. “A comunidade deve saber que tem papel fundamental na denúncia e no enfrentamento a esse tipo de situação. Além disso, ao executar um bom trabalho com toda a sociedade, nós conseguimos chegar até as famílias. Se essas famílias estão bem estruturadas, já temos um grande suporte“ .

A última frente é a criança, o ponto mais importante e sensível do projeto. Arnaldo fala sobre a importância da quebra do silêncio, “quando vamos a uma escola e realizamos as palestras, temos como objetivo principal ensinar essa criança a quebrar o silêncio em caso de abuso ou exploração, além de instruí-la em como procurar ajuda.”

A 6ª edição do evento na unidade contou com mais de 700 horas de voluntariado, um total de 8.200 abordagens diretas e um potencial de abordagem maior de 10.000 pessoas. Arnaldo destaca que “a maioria das pessoas, ao entrar em contato com o tema se sensibilizam e querem contribuir de alguma maneira. Os voluntários, por exemplo, se envolvem de tal maneira que percebo a vontade deles de acabar com esse problema”.

O técnico conclui elogiando a iniciativa “Parabenizo a Childhood Brasil e a Intercement que têm conduzido muito bem esse projeto.”

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