O Projeto Proteção em Rede no sul da Bahia, parceria da Childhood Brasil com a Stora Enso, avança no Estado

Encontros públicos como esse da foto registrada na semana passada em Porto Seguro (BA) são o resultado do Projeto Proteção em Rede, uma iniciativa da Childhood Brasil em parceria com a empresa Stora Enso.

O projeto tem como meta fortalecer e formular políticas públicas de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, nos municípios de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália no sul da Bahia.

O trabalho teve início com a formação de profissionais que atendem diretamente crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Desde 2013 já foram realizadas 24 oficinas, com a formação de 570 profissionais e o envolvimento de 121 entidades publicas e organizações da sociedade civil.

Em 2014, o projeto Proteção em Rede no sul da Bahia focou na sensibilização do setor turístico e formulação dos planos municipais de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes no período  do Mundial de Futebol 2014.

Segundo Itamar Batista Gonçalves, Gerente de Advocacy da Childhood Brasil, esse ano as metas são a elaboração do plano global e fluxo de atendimento integral para crianças e adolescentes. “Já foram constituídos três comitês gestores e, após a formação dos profissionais, foram elaborados três planos municipais para as cidades, além da construção de fluxo real para o atendimento de vitimas. Na semana passada, o Plano Municipal de Porto Seguro foi aprovado por unanimidade e exaltado na segunda votação com direito a elogios e aplausos” conta Itamar.

Nesse momento, o foco não é ter apenas o plano de enfrentamento elaborado, mas que eles também se tornem lei dentro de cada um dos municípios, com orçamento garantido para implantação. Os três planos já estão na pauta da Câmara Municipal das cidades para aprovação.

Itamar complementa: “O projeto foi pensado para ser desenvolvido em três anos, mas a intenção é continuar o trabalho localmente, monitorando cada um dos planos e pensar no atendimento de forma integrada. Agora estamos em processo de avaliação, e a ideia é que possamos ir além da avaliação e concretizar a sistematização dos projetos, metodologia, resultados e pensar em nossos desafios. Um deles é pensar em uma nova maneira de desenvolver a escuta de crianças e adolescentes, com a construção de estratégia de humanização dentro do sistema de justiça, de modo que a criança ou adolescente não seja ‘revitimizada’.”

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