O pedido de desculpas de Mark Zuckerberg não garante a proteção das crianças e adolescentes contra a violências sexuais na internet

Pedir desculpas por alguma questão, significa reconhecer o erro e evitar que ele não se repita. É isso que podemos esperar do pedido público de desculpas do Mark Zuckerberg na sessão do Senado americano?

Vivemos uma transformação tecnológica em uma velocidade sem precedente, mas o debate sobre a proteção integral de crianças e adolescentes no ambiente virtual não está evoluindo no mesmo ritmo. As plataformas e redes sociais não foram e nem estão sendo desenhadas e desenvolvidas considerando sua segurança e bem-estar. Lembrando que em todo mundo, criança e adolescentes representam ⅓ dos internautas. 

No Brasil, nossas Leis definem que os interesses da criança e do adolescente devem estar sempre em primeiro lugar. Garantir a integridade física e emocional de meninos e meninas é uma tarefa de muitas mãos e essa responsabilidade precisa ser compartilhada entre Estado, famílias e sociedade. 

Quando um empresário reconhece publicamente que seu negócio gera impactos que custam a vida de crianças e adolescentes, quais deveriam ser seus próximos passos?

  1. Assumir o compromisso pela proteção de crianças e adolescentes como um valor inegociável na gestão do seu negócio;
  1. Empenhar esforços para mapear todos os tipos de risco;
  1. Criar políticas e ações preventivas para garantir a segurança integral;
  1. Garantir estratégias de mitigação e remediação imediatas.

Para que o pedido de desculpas de Mark Zuckerberg garanta de fato a proteção de crianças e adolescentes contra violências nas redes sociais, a segurança e o bem-estar devem ser prioridade absoluta e nortear o desenvolvimento dos seus produtos e serviços. 

 

 

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