O Brasil finalmente entra em campo: Pela proteção da infância durante os grandes eventos
O tão esperado Mundial de Futebol dá o pontapé inicial. Durante o processo de preparação, houve muitos e importantes questionamentos sobre a organização do evento. Do ponto de vista do que mais nos interessa – a proteção de crianças e adolescentes – há uma forte preocupação para evitar que aumente a vulnerabilidade e a violação de direitos durante esse mês de intenso fluxo de pessoas em direção às cidades-sede.
Mesmo antes da Copa das Confederações, em 2012, uma grande união de esforços mobilizou governos, empresas e organizações da sociedade civil. Buscou-se estabelecer uma Agenda de Convergência e criar mecanismos eficientes para evitar que diferentes formas de violência possam afetar nossas crianças e adolescentes durante grandes eventos.
Muita coisa foi feita. A Agenda foi encaminhada, os Comitês Locais foram instalados e todos se organizaram para fazer a sua parte. É claro que nem tudo saiu como gostaríamos. Os problemas estão ai e precisam ser enfrentados. Mas isso não nos impede de ter esperança de que um importante legado vai ficar. O enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes, até bem pouco tempo um tabu que ninguém queria sequer mencionar, hoje faz parte das preocupações do Brasil.
Dos caminhoneiros que estão na estrada aos servidores públicos e às celebridades do esporte e do show business, a campanha #Brazilnadefesadainfancia, organizada pela Childhood Brasil e com a participação dos jogadores Neymar Jr. e Daniel Alves, foi divulgada em todo o país.
Teve grande repercussão nos meios de comunicação, nas redes sociais e junto ao público que não quer apenas torcer pelo futebol, mas pelo país, pela construção de um Brasil justo, igualitário e que tenha o respeito aos Direitos Humanos como sua pedra fundamental.
Vamos torcer pelo Brasil. Dentro e fora de campo. Proteger a nossa infância é acreditar que temos um grande futuro pela frente. A construção desse futuro depende exclusivamente do que fizermos agora.
Vamos torcer pelo Brasil. Por um Brasil livre da violência, com justiça social e proteção integral aos Direitos.
Se você se deparar com crianças em situação de risco ou se houver suspeitas de que uma criança esteja sofrendo algum tipo de violência, existem várias formas de ajudar. Saiba como agir durante o Mundial.