Mobilização destaca o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil

Quem passou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) na Avenida Paulista na tarde da última terça-feira, dia 12 de junho, participou da manifestação sobre o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, organizada pela Fundação Abrinq – Save The Children.  Por cerca de uma hora, representantes da entidade apresentaram faixas nos semáforos da Avenida Paulista e distribuíram panfletos com mensagens de conscientização.

A campanha contra o trabalho infantil ocorreu também em pontos estratégicos das cidades de Campinas, Santos, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Olinda. Nestes locais, foram coletadas assinaturas contra a PEC 18/2011 que solicita uma nova redação do sétimo artigo da Constituição Federal, autorizando a redução da idade mínima para trabalho de 16 para 14 anos. A Abrinq defende que o trabalho precoce traz prejuízos ao desenvolvimento do adolescente e atua para que eles tenham acesso a uma educação de qualidade e se preparem para o futuro profissional. A Abrinq também publicou imagens em sua página do Facebook com fotos e frases para sensibilizar a população.

Novos números da causa
No dia 12, também foram divulgados novos números acerca do problema. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2010 houve uma redução de 13,44% nos índices de trabalho infantil na faixa etária entre 10 e 17 anos. No entanto, o órgão destaca que “ao se analisar as distintas faixas etárias, observa-se um aumento no grupo mais frágil: o trabalho infantil na faixa etária entre 10 e 13 anos, que subiu em 1,56%”

Ou seja, em 2010 foram registrados 10.946 casos de trabalho infantil a mais que em 2000 nesta faixa de 10 a 13 anos. Isso é preocupante, de acordo com a análise, já que essa faixa etária corresponde aos anos anteriores à conclusão do ensino fundamental e seu impacto sobre a aprendizagem, conclusão escolar ou abandono escolar ou não ingresso no ensino médio, é imediato. Também nessa faixa, houve redução apenas na região Nordeste. As demais regiões do País contribuíram para o desempenho negativo da média nacional.

> Leia a análise completa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) sobre os novos dados

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