Menos de 1% das vítimas de pornografia infantil na internet são identificadas
Segundo ele, são 700 mil páginas diferentes de pornografia infantil circulando na rede, que podem ter sido postadas a partir de qualquer lugar no mundo. “Por isso, embora o material encontrado seja prova concreta de crimes cometidos, as autoridades não conseguem identificar nem o local, e muito menos a vítima, a não ser que alguém faça esse reconhecimento e denuncie”.A expectativa, entretanto, é que com o uso de tecnologias avançadas essas identificações venham a ser feitas. São tecnologias capazes de coletar as informações das fotos anexadas, os chamados meta dados.
Thiago explica que sem o uso dessa tecnologia não há como ter um impacto no índice atual de identificação das vítimas, principalmente porque uma vez na internet, essas imagens são reproduzidas milhares de vezes. “O uso dessa tecnologia vai ajudar a polícia a identificar os locais onde foram tiradas as fotos e a partir daí tentar localizar as vítimas, o crime e, consequentemente, os agressores”, diz.
Nos últimos sete anos, a SaferNet conseguiu tirar da rede 100 mil páginas que continham imagens relacionadas à pornografia infantil e criou a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos para denúncias anônimas sobre qualquer crime ou violação aos direitos humanos praticados na internet. Além disso, disponibiliza uma ferramenta para consulta pública, resultado de uma parceria com a Childhood Brasil, que fornece dados completos com relação a oito crimes cibernéticos, dentre eles a pornografia infanto-juvenil, o tráfico de pessoas e o racismo.