Medicação de urgência pode ser necessária após agressão sexual
No Hospital Pérola Byington, o paciente recebe um coquetel de medicamentos, que inclui uma vacina inibidora da disseminação do vírus HIV, mas que só tem efeito se aplicada até 72 horas após o ato sexual. A medicação dada também inibe a contaminação por sífilis, gonorréia e outras doenças. Em São Paulo, a maioria das pessoas já foi vacinada contra hepatite B, mas, caso a vítima de agressão sexual não o tenha sido, precisa tomar a vacina até 14 dias após o crime para não contrair a doença.
Em média, as meninas que sofreram agressão sexual, mas não ficaram grávidas, precisam passar pelos menos seis vezes no hospital, num intervalo de seis meses, porque mesmo tomando as medicações indicadas, precisam ficar sob avaliação, uma vez que algumas doenças podem vir a se manifestar mais tarde do que isso.
O problema é ainda maior quando a agressão sexual é crônica, ou seja, repete-se por longos períodos. A maioria dos casos de abuso sexual é intrafamiliar e demoram mais de um ano para serem descobertos, muitas vezes, somente sob os indícios de gravidez e/ou a manifestação de sintomas de doenças já em andamento.
O abuso sexual não acontece de um dia para outro, porque o agressor costuma planejar antes de ‘atacar’ a vítima vulnerável. Quando o autor do crime não é uma pessoa da própria família, comumente é alguém muito próximo como: vizinhos, professores, médicos, religiosos, treinadores esportivos e outros. “É difícil romper com este selvagem ciclo de violência e, há quanto mais tempo ele está estabelecido, mais danos traz à vítima e menos os profissionais de saúde podem ajudar”’, alerta Jéferson.
Serviço: Hospital Pérola Byington
Avenida Brigadeiro Luis Antônio, 683 – Bela Vista
Fones: 3248-8000/3248-8035