Lançada a campanha “Turismo sexual não é nossa praia”

Banner da campanha

Com o objetivo de intensificar as ações de enfrentamento ao abuso e à exploração de crianças e adolescentes, a prefeitura de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, lançou este mês a campanha “Turismo Sexual não é nossa praia”. Para sensibilizar a população, estão sendo divulgados materiais informativos fixados e distribuídos em locais públicos para a prevenção e a promoção dos canais de denúncia. Haverá também atividades de esclarecimento e mobilização em escolas, estabelecimentos comerciais e no setor de serviços, principalmente voltados à indústria de turismo.

A iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social do local, com o apoio da Childhood Brasil e do Canal Futura, inclui a criação do selo de certificação com o slogan “Turismo sexual não é nossa praia”, destinado a empresários e comerciantes de cerca de mil instituições que se envolverem diretamente na campanha. Para receber o selo, é preciso assinar um termo de compromisso, que prevê a promoção de ações concretas e efetivas de sensibilização do público interno, dos participantes da cadeia produtiva e de clientes.A campanha é resultado do projeto Que Exploração É Essa? , que vem trabalhando com 130 profissionais das redes de proteção de direitos da infância e adolescência nos municípios de Arraial do Cabo, Niterói e São Gonçalo para ampliar o enfrentamento ao problema. Além das prefeituras dos três municípios e do Canal Futura, o projeto tem a participação da Childhood Brasil e consultoria de Tiana Sento-Sé, da Ecpat Brasil.

Em oficinas e palestras, os profissionais de saúde, educação, justiça e assistência social têm recebido capacitação a partir de material audiovisual e gráfico, desenvolvido pela série de TV homônima, exibida em 2009 pelo Canal Futura. Cinco episódios de sete minutos retratam a viagem de um caminhoneiro e seu filho pelas estradas brasileiras deparando-se com diversas situações de exploração de crianças e adolescentes. Os programas, realizados com manipulação de bonecos, levaram dois anos para serem produzidos em conjunto com vítimas e instituições especializadas como a Childhood Brasil, a Casa de Passagem, de Pernambuco, e a ONG Lua Nova, de São Paulo. A trama de ficção é intercalada com depoimentos de especialistas e autoridades.

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