Jogos e brincadeiras recuperam vítimas de violência
Criado há três anos pelo Instituto Sabin no Distrito Federal, o Projeto Ludotecas utiliza jogos e brincadeiras para ajudar na recuperação de danos sociais e psicológicos sofridos por crianças e adolescentes vítimas de todos os tipos de violência, inclusive sexual.
Até hoje, foram instaladas 20 ludotecas em fóruns de tribunais, hospitais regionais e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), em parceria com as secretarias da Mulher; da Saúde e de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). Em todo o projeto foram investidos R$ 120 mil, além de custos com apoio e reposição de brinquedos, sendo de R$ 6 mil o custo de cada ludoteca.
As salas são equipadas com livros pedagógicos, quebra-cabeças, fantoches e bonecas de pano, com personagens representando a polícia e a família, para ajudar as crianças a se expressar a respeito da violência sofrida. “Os brinquedos e os jogos auxiliam o trabalho e a criança se sente mais à vontade para falar da violência que sofreu ou presenciou, facilitando um diagnóstico”, explica o gerente executivo do Instituto Sabin, Fábio Deboni.
O Projeto Ludotecas já beneficiou mais de 30 mil famílias, atendendo, em cada sala, uma média de 500 mil crianças e adolescentes por ano. “A instalação da ludoteca proporciona um atendimento com mais qualidade e ajuda a minimizar o sofrimento psíquico, reparar os danos e restabelecer a proteção no âmbito familiar”, afirma a psicóloga Fernanda Menezes.
Atualmente, existem no Distrito Federal seis unidades instaladas nos hospitais regionais em Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Asa Sul e Asa Norte, Sobradinho e duas no Centro de Orientação Médico Psicopedagógico. Nos fóruns, existem 10 unidades em funcionamento. Além disso, há duas ludotecas nos CREAS de Ceilândia e de Taguatinga.