Erotização precoce
Incentivados pela mídia, crianças e adolescentes são expostos a situações não condizentes à idade
A erotização precoce de crianças e adolescentes, principalmente por parte da mídia e publicidade, é um fenômeno bastante nocivo e que as tira do lugar de proteção que lhes é de direito, expondo-as a situações não condizentes com suas faixas etárias.
Esse tipo de conduta, potencializado na atualidade pelo alcance e força das redes sociais, reforça uma cultura machista e estigmatiza o sexo feminino como objeto, desde a infância.
Erotização precoce na Mídia
Um exemplo recente deste tema é a cantora de 12 anos Mc Melody que, no último mês, passou por uma grande mudança em suas redes: depois de mais de um ano sendo exposta com o visual e atitudes de uma mulher, aparece nos últimos posts de sua rede social com roupas e poses menos sensuais.
A transformação aconteceu depois de uma mobilização de alcance nacional, na qual muitas pessoas denunciaram a excessiva erotização precoce da menina. Além de pular etapas importantes de desenvolvimento, esse processo pode trazer outras consequências graves, como: a pressão estética, o reforço a cultura do estupro e a violência sexual contra meninas.
Vale lembrar que o assédio a crianças e adolescentes na Internet e redes sociais – como o sexting, o grooming e a divulgação de pornografia infantil – ocorre em tempo integral. Em outubro de 2015, uma pesquisa da Revista Época mostrou que é durante a madrugada que cresce o acesso às páginas que mostram crianças em roupas de banho e pijama, por exemplo.
Como enfrentar a erotização precoce de crianças e adolescentes?
É de grande importância que pais, responsáveis, educadores e todos os membros da sociedade se unam para enfrentar esse problema, acompanhando a presença de crianças e adolescentes na Internet, promovendo o diálogo sobre o assunto e se informando sobre as formas de prevenir a erotização precoce.
Tão importante quanto a conscientização sobre o tema, é estar sempre alerta e denunciar qualquer violação dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Em caso de suspeita, Disque 100 ou baixe oaplicativo Proteja Brasil e ajude a proteger meninos e meninas também no ambiente digital.