Conheça canais de atendimento para vítimas de violência sexual
No Brasil, além do Disque 100, canal de denúncia nacional, e das dicas de “como agir” disponibilizadas em nosso site, há alguns serviços telefônicos ou presenciais que trabalham no aconselhamento e atendimento às vítimas crianças e adolescentes. A seguir, seguem informações sobre alguns deles e se você souber de mais serviços e puder contribuir, mande para a equipe da Childhood Brasil.
123 Alô!
Seguindo o modelo do atendimento telefônico da rede Child Helpline Internacional, presente em mais de 150 países no mundo, o 123 Alô! é um canal de comunicação gratuito voltado especialmente para atender crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. Criado em 2009, é um serviço gratuito que oferece atendimento qualificado por telefone, chat ou e-mail, além de oferecer informações e orientações para os que buscam ajuda. O atendimento é realizado por meio do 0800 0 123 123.
De janeiro a meados de outubro de 2012, uma média mensal de 283 crianças e adolescentes recorreram ao atendimento. Desses, 45% foram via telefone, 47% via e-mail e 8% via chat. Segundo a coordenadora do 123 Alô!, Vânia Izzo, o grande diferencial desse serviço é que as crianças e adolescentes se sentem acolhidas naquilo que necessitam compartilhar. “A solidão e a falta de ter com quem falar são as queixas mais frequentes e o cenário para que apareçam as situações de abuso sexual, negligência e violência”, diz.
Dependendo do caso, o encaminhamento pode ser para um atendimento psicológico próximo à residência ou, em se tratando de abuso sexual, a criança ou adolescente são orientados a identificar-se para que seja encaminhada uma denúncia ao Conselho Tutelar.
Para mais informações, visite a página do 123 Alô!
Projeto Viver
O Viver – Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual, projeto da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, foi implementado em dezembro de 2001 com o objetivo de disponibilizar, gratuitamente, às vítimas e a seus familiares o atendimento e acompanhamento necessários. De acordo com Francione Pires, coordenadora administrativa do projeto, “antes, as pessoas faziam as denúncias, mas não tinham acompanhamento. No Viver, elas são acolhidas por uma equipe que identifica suas necessidades e os serviços que darão conta delas”.
Das vítimas que chegam ao VIVER, 92% são do sexo feminino e 73% crianças e adolescentes. São 70 novos casos por mês somados aos que já estão sendo acompanhados.
Embora possua atendimento por telefone (0800 284 2222), o Viver tem seus serviços direcionados ao atendimento presencial, em Salvador, onde a vítima é recebida por uma equipe multidisciplinar. O acompanhamento não tem tempo determinado para acabar e inclui atendimento social, médico, psicológico e jurídico.
Ao atuar em cooperação com outras instituições, como Secretaria Estadual de Saúde, Ministério Público e Conselhos Tutelares, o Viver busca fornecer um atendimento integral às vítimas.
Para mais informações, visite a página do Projeto Viver.
PAVAS
Ligado à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, o Programa de Atenção à Violência Sexual (Pavas) presta atendimento a crianças e adolescentes em situação de abuso sexual e às suas famílias. Com uma equipe multidisciplinar, o programa tem como objetivo prevenir e tratar as consequências da violência sexual, além de ajudar com mecanismos que diminuam a situação de vulnerabilidade.
O Pavas não trabalha com fila de espera. As consultas são agendadas pelo telefone (11) 3061 7726 para que seja marcada uma triagem. De acordo com o médico da equipe, Théo Lerner, o atendimento é feito primeiramente em grupo e depois cada caso é tratado separadamente.
Para mais informações, visite a página do PAVAS.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
A proposta do Centro de Valorização da Vida (CVV) é fornecer apoio emocional gratuito a quem recorrer ao serviço, disponível por telefone (141), chat, VoIP, correspondência e de maneira presencial. Mais de 2.200 voluntários são responsáveis pelo atendimento. “Lidamos com qualquer assunto. Nosso objetivo é ouvir a pessoa que liga e entender o que ela está sentindo”, diz Adriana Rizzo, voluntária do CVV. A maior parte dos atendimentos estão relacionados à prevenção do suicídio. Porém, Rizzo ressalta que a equipe está preparada para lidar com qualquer assunto, como a violência sexual contra crianças e adolescentes.
Para mais informações, visite a página do CVV.