O que grandes eventos, como carnaval, grandes festivais de música, São João, Mundial de Futebol e Jogos Olímpicos e Paralímpicos, têm a ver com a proteção da infância e da adolescência? Simples: o grande fluxo de turistas nacionais e estrangeiros aumenta os riscos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Essa informação foi confirmada por uma pesquisa realizada pela Brunel University London, intitulada “Exploração de Crianças e Adolescentes e a Copa do Mundo: uma análise dos riscos e das intervenções de proteção”. Segundo a pesquisa, os fatores de risco são:
Algumas ações que realizamos durante grandes eventos:
Durante o Mundial no Brasil, em 2014, colocamos em prática lições aprendidas na Copa das Confederações 2013.
As principais estratégias adotadas durante o evento incluíram:
Além disso, a Childhood Brasil lançou a campanha #BrasilNaDefesaDaInfancia, com foco em proteger crianças e adolescentes contra a exploração e o abuso sexual durante o Mundial de Futebol de 2014. A campanha contou com a participação dos jogadores da seleção brasileira Neymar Jr. e Daniel Alves.
O Projeto Grandes Eventos e Infância alcançou resultados que deixaram um legado positivo para a infância durante o Mundial de Futebol. Os 12 comitês locais de proteção à infância, que foram criados e continuam atuantes nas cidades-sede do Mundial, são um bom exemplo disso.
Em 2015, a Childhood Brasil foi convidada pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para trabalharem juntos pela proteção de crianças e adolescentes durante o evento que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro.
Um termo de cooperação técnico marcou o compromisso da Childhood Brasil com as seguintes frentes:
Na ocasião, foram organizadas 12 Rodadas Temáticas de proteção à infância e adolescência. As discussões foram colocadas em prática na forma de diversas ações, como a escampanha “Passaporte Verde”, que trouxe a proteção de crianças e adolescentes como tema e atingiu mais de 5 milhões de pessoas. E a capacitação no setor de turismo sobre proteção de crianças e adolescentes de nove consultores do Sebrae, que, por sua vez, foram responsáveis por formar 31 hotéis e pousadas no Rio de Janeiro e nas principais cidades turísticas da região.
Além disso, outro importante resultado do trabalho das Rodadas Temáticas foi a incorporação de algumas medidas na operação dos Jogos. Ou seja, diferentes áreas do Comitê Organizador Rio 2016 observaram quais operações poderiam apresentar riscos para crianças e adolescentes e, a partir disso, desenvolveram algumas medidas para enfrentá-las.
Conheça algumas:
Dessa forma, a atuação da Childhood Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 teve como principais contribuições: facilitar a proteção de crianças e adolescentes como parte da operação dos Jogos, articular ações de comunicação para despertar o olhar das pessoas para a proteção de crianças e adolescentes, e construir um legado de proteção da infância que perdure após a realização dos Jogos.
Para saber mais, acesse o relatório Proteção de Crianças e Adolescentes durante os Jogos Olímpicos & Paralímpicos Rio 2016, que apresenta as principais experiências e recomendações para proteção de crianças e adolescentes em grandes eventos: clique aqui
Realizamos em 2012 o relatório Prevenção e Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Contexto Mundial, um mapa das ações e discussões empreendidas pelos governos federal, estaduais e municipais e a articulação de organizações da sociedade civil para enfrentar a violência sexual contra meninos e meninas nos preparativos da Copa e durante a competição.
Pesquisa lançada pela Brunel University em 2013, a Exploração de Crianças e Adolescentes e a Copa do Mundo: uma análise dos riscos e das intervenções de proteção. Primeira pesquisa realizada em âmbito internacional sobre a temática, ela acessou aproximadamente 300 publicações, relatórios e sites, e mais de 70 especialistas de diferentes organizações não governamentais e governamentais.
Confira aqui as publicações produzidas e apoiadas pela Childhood Brasil.