Projeto “Virando o Jogo” em Natal (RN) chama a atenção para a exploração sexual infantil na época do Mundial
Matéria produzida por João Felipe Portella, participante do projeto Conexão Copa – desenvolvido pela Ciranda.
No Rio Grande do Norte, em Natal, o projeto “Virando o Jogo”, coordenado pelo Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes (GAMI-RN), com apoio da Childhood Brasil, tem como objetivo informar, prevenir e combater a exploração sexual de meninos e meninas.
A ação tem se empenhado cada vez mais para informar sobre o que vem acontecendo que pode intensificar-se nesse ano de Mundial de Futebol: a exploração sexual de crianças e adolescentes. “No contexto de Copa do Mundo e pensando no legado que podemos herdar, a ideia do projeto surgiu pela carência de informação e formação por parte de crianças, adolescentes e familiares, acerca de seus direitos”, conta Maria Goretti, assessora do GAMI.
O assunto é desconhecido pela maioria da população, que precisa ter mais consciência sobre o que é, como identificar e como lidar com a situação. Sabendo da importância em informar a sociedade, o grupo foca na disseminação de conteúdos vitais para integração com a rede de proteção, difundindo os princípios dos direitos humanos, a importância das crianças e adolescentes e como denunciar casos de violação desses direitos. “O projeto me fez ver que temos direitos e podemos lutar por eles”, revela o adolescente Israel, de 16 anos.
A interação com os participantes do projeto se dá por meio do esporte. “Acreditamos que através do esporte, é possível educar e passar a noção de respeito e solidariedade. Dessa forma contribuímos para a efetivação e conhecimento na garantia de direitos e deveres, respeitando os direitos dos outros”, conta Maria Goretti Gomes.
De acordo com a assessora do GAMI, a proteção vem como efeito da bem-vinda formação. “O conhecimento da realidade permite a denúncia e a proteção efetiva dos direitos das crianças e adolescentes, assim como os direitos humanos em geral. Essas ações consentem a esperança de que, no futuro, as redes de proteção sejam mais extensas”, finaliza.